segunda-feira, 31 de maio de 2010

Carreira e Profissões: Modelo

                Modelo



Modelos são profissionais que emprestam sua imagem para apresentar um produto, seja ele um vestido, um livro, um serviço público, uma idéia política ou um detergente. Alguns profissionais são também requisitados para apresentar produtos ao vivo, em exposições e outros eventos, como feiras, corridas de carro. Em menor número, modelos posam para artistas plásticos.

Características necessárias para ser modelo
É necessário ter gosto pela profissão, possuir características físicas adequadas (peso, altura e beleza ou aparência exuberante) e ter disponibilidade para viajar ou morar em outro país por períodos indeterminados.

Características desejáveis:
•agilidade
•autocontrole
•boa aparência
•boa saúde
•desembaraço
•disciplina
•facilidade de relacionamento
•paciência
•resistência física



Formação necessária para ser modelo
Não há exigência de diploma para exercer a profissão de modelo. É uma carreira competitiva: tem mais chances quem apresentar mais desenvoltura e melhor formação cultural. O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão (SATED) só considera habilitado quem frequentar cursos profissionalizantes, reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação, mas as agências e empregadores em geral dão mais valor á aparência e experiência do que á formação. Altura, magreza, beleza, carisma e características únicas que os diferenciem de centenas de candidatos são fundamentais para o sucesso de modelos de passarela. Para candidatos a modelos internacionais é muito importante saber inglês.


Principais atividades 


São as seguintes as atividades mais comuns da profissão:


•participar de desfiles de moda;
•posar para fotos ou para artistas plásticos;
•atuar em comerciais de TV;
•fazer demonstração de produtos em pontos de venda;


Muitos profissionais exercem mais de uma atividade. Manequins experientes podem dar aulas ou prestar consultoria de moda. Podem ainda avançar em outros campos, tornando-se estilistas ou atores, através de cursos de especialização.


Áreas de atuação e especialidades
•desfiles de moda: demonstrando roupas e acessórios para grifes e confecções.


•modelo fotográfico: posar para fotos com diversos fins;


•publicidade: posar para fotos de anúncios; atuar em comerciais de TV; apresentar produtos diretamente ao público em stands do fabricante em exposições;


•artes plásticas: posar para pintores, escultores, fotógrafos, individualmente, ou para estudantes em aulas de desenho.


Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para modelos é exclusivamente do setor privado e muito competitivo. Para cada vaga que se abre são inúmeros os jovens oferecendo-se na esperança de obter fama e ganhos altos. A oferta de trabalho é irregular durante o ano. O mercado de trabalho depende dos rumos da publicidade: em épocas de crescimento econômico, este setor tende a se expandir, aumentando a procura por modelos. De modo geral, a tendência é de crescimento com gastos em publicidade, mas também de redução dos custos das agências, o que afeta o ganho médio do modelo.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Carreira e Profissões: Esteticista

                Esteticista



É o profissional de estética e responsável por cuidar da saúde do corpo e da pele, voltando-se para o bem-estar físico, estético e mental das pessoas. Caracterizadas por lidar com mulheres ou homens, esteticistas se preocupam com limpeza da pele do rosto e do corpo, dos cabelos, pêlos em geral e das unhas, por meio de esfoliação, hidratação, nutrição e correção de pequenas imperfeições. Esse profissional pode se especializar e atuar em diversas áreas diferentes.

Características necessárias para ser esteticista:
Uma esteticista deve ter plena consciência da importância que tem para seus pacientes, já que a beleza, para muitos, é sinal de bem-estar consigo mesmo. Por isso, antes de qualquer coisa, é necessário que o profissional tenha gosto pelo que faz, e conhecimentos científicos e anatômicos do corpo humano. Além de noções de cosmetologia e princípios ativos de cada cosmético.

Características desejáveis:
•responsabilidade
•atualização constante de novas tecnologias e métodos através de especializações
•boa comunicação
•boa aparência
•boa coordenação motora
•boa disposição física
•boa visão
•autocontrole
•atenção a detalhes
•agilidade
•flexibilidade
•ética profissional
•concentração
•postura profissional
•desejo de ajudar
•disciplina
•habilidade manual
•interesse pelo corpo humano
•método
•paciência
•perfeccionismo
•noção de tendências da moda

Formação necessária para ser esteticista:
Para atuar na carreira de estética, é necessário fazer cursos técnicos, tecnólogos, ou superiores oferecidos e reconhecidos pelo MEC. Existe o curso técnico de graduação, com 1920 horas em média e duração de 2 anos. Esses cursos oferecem matérias que envolvem a estética, voltados especificamente para essa área, como a anatomia, bioética, cosmetologia, economia e administração, biologia, química, nutrição, psicologia e marketing.
Por ser uma profissão regulamentada, é exigido a carteira de trabalho pela CLT.

Principais atividades
Dentro da clínica de estética, ou do salão de beleza, a esteticista terá as mais diversas atividades. Dependendo de sua especialidade, as atividades serão diferentes, as principais são:

•limpeza de pele do rosto e do corpo a serem tratados

•elaboração de cronograma do paciente, para que possa ser acompanhado em todas as sessões

•aplicar os procedimentos estéticos de maneira a recuperar e manter a saúde do corpo, cabelo e/ ou rosto.

•selecionar, indicar e aplicar cosméticos e produtos de tecnologia avançada de acordo com a preferência e/ou necessidade do paciente.

•cuidar corretamente das infecções e doenças dermatológicas possíveis da pele, sempre com acompanhamento médico, ou autorização por escrito (de acordo com a necessidade de cada paciente).

•ter conhecimento dos instrumentos, materiais e produtos mais recentes a serem comprados e utilizados.

•procurar saber sempre a eficácia e contra-indicações dos produtos, tratamentos e equipamentos que são utilizados e realizados.

•reunir-se com outros profissionais da área de saúde para elaborar programas de saúde preventiva, curativa e reabilitadora.


Áreas de atuação e especialidades
Uma esteticista pode trabalhar como autônoma, abrir um salão de estética e beleza ou trabalhar em salões de beleza, spa e academias. As esteticistas podem atuar nas mais variadas áreas dentro da profissão. Isso depende do local de trabalho e da preferência da profissional, porém, é necessário que se conheçam todas as técnicas. As especialidades da estética são:

•hidratação do rosto e do corpo

•limpeza de pele

•peelings

•terapia capilar

•terapia nos pés

•massagem estética de levantamento dos glúteos (massofilaxia)

•massagem anti-estress

•crioterapia (bandagem terapêutica fria de relaxamento, tratamento de perda de medidas)

•termoterapia ( bandagem terapêutica quente de relaxamento, tratamento para retenção de líquido e perda medidas)

•depilação (com cera descartável quente ou fria, e roll on)

•tratamento de gordura localizada

•tratamento de celulite, flacidez e mamas

•tratamento de rejuvenescimento e rugas

•tratamento de acne inflamatória

•tratamento de manchas, clareador e anti-sinais

•lifting manual (hiper-nutrição, restauração e re-hidratação)

•drenagem linfática (do rosto e do corpo)

•drenagem linfática pré e pós-operatória

•tratamentos estéticos para queimados (reestruturação da pele)

Mercado de trabalho
Para uma profissional de estética, o mercado de trabalho está em constante crescimento. A moda dita, hoje, que a saúde e a beleza são fundamentais para o bem-estar pessoal, e, portanto, cada vez mais as pessoas procuram se tratar com essas especialistas. Além disso, o consumidor exige ser tratado por quem entenda do assunto profissionalmente.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Carreira e Profissões: Profissional de educação física

Profissional de educação física

 Profissional responsável em formar hábitos e atitudes que promovam o desenvolvimento harmonioso do corpo humano, mediante instrução sobre higiene corporal e mental e mediante vários e sistemáticos exercícios, esportes e jogos

O que é ser um profissional de educação física:
Profissionais de educação física são professores, preparadores físicos e técnicos, responsáveis por promover a prática da ginástica, jogos e atividades físicas em geral e ensinar os princípios e regras técnicas de atividades esportivas a estudantes e outras pessoas interessadas. Definem a atividade física mais indicada para cada pessoa, orientando-a quanto a postura, intensidade e freqüência de cada exercício. Treinam atletas nas técnicas de diversos jogos e esportes e acompanham e supervisionam as práticas desportivas.

Características necessárias para ser um profissional de educação física:
O Professor de Educação Física necessita antes de tudo gostar de práticas esportivas. Por isso, é indispensável ter coordenação motora, ser dinâmico, criativo e capacidade de liderança. E também se manter em constante atualização sobre novos métodos e técnicas esportivas. Características desejáveis:

•boa coordenação motora

•boa disposição física

•boa saúde

•bom reflexo

•capacidade de liderança

•determinação

•espírito competitivo

•interesse pelo corpo humano

•resistência física

•sociabilidade

Formação necessária para ser um profissional de educação física
Com a recente regulamentação da profissão, para se atuar na área, seja como professor, seja como preparador, o curso superior em educação física, com duração de 4 anos, passou a ser obrigatório.

Principais atividades de um profissional de educação física
As atividades dos profissionais diferem muito de acordo com a área em que atuam. De modo geral, suas funções são:

•efetuar testes de avaliação física;

•estudar as necessidades e a capacidade física de alunos, soldados ou atletas, de acordo com suas características individuais;

•elaborar programas de atividades esportivas, de acordo com a necessidade, capacidade e objetivos visados pela pessoa a que se destinam;

•instruir alunos, soldados e atletas sobre exercícios e jogos programados, inclusive sobre a utilização de aparelhos e instalações de esportes;

•atuar em exercícios de recuperação de indivíduos portadores de deficiências físicas, através de exercícios corretivos;

•desenvolver e coordenar práticas esportivas específicas para o bom desempenho do atleta em competições esportivas e atividades similares.

Áreas de atuação e especialidades

Condicionamento Físico: Dá aulas de ginástica coletiva e individual, visando a melhoria da condição muscular e cardiovascular, principalmente para adultos e idosos. É responsável pelo planejamento e desenvolvimento de atividades físicas individuais e coletivas em escolas, academias de ginástica e de musculação, ginásios esportivos e piscinas
 
Consultoria e assessoria: Pode atuar junto a órgãos públicos e empresas privadas para organização e implantação de programas de Educação Física para funcionários. Avalia programas educativos em centros comunitários, parques, hospitais, clínicas, "spas", creches, hotéis, casas de menores e penitenciárias;

Ensino: Leciona em escolas de primeiro, segundo e terceiro graus. Para exercer esta atividade o bacharel deve complementar sua formação com disciplinas do currículo do curso de Licenciatura;
 
Grupos Especiais: Organiza e implanta atividades recreativas para idosos, deficientes físicos e mentais, pessoas com problemas cardíacos, de coluna ou musculares;
 
Recreação: É o responsável pelo entretenimento de hóspedes, associados e turistas em hotéis, clubes e "spas";
 
Treinamento: Desempenha a função de técnico de equipes das mais variadas modalidades esportivas, profissionais ou amadores.
 
Personal Trainer: Profissional graduado e especializado em determinada área da Educação Física, que presta serviços personalizados, que através de um acompanhamento particular,  realiza os objetivos do cliente com mais rapidez e segurança.
 
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para professores e profissionais de educação física é competitivo, e a oferta de trabalho tende a crescer no setor privado. Há centenas de milhares de profissionais de educação física atuando em todo o país, a grande maioria deles dedicada ao magistério. O quadro vem mudando nos últimos anos devido à conscientização de que condicionamento físico é sinônimo de bem-estar e saúde. O número de academias cresce a cada ano, e com elas a procura por profissionais da área. Surgem empresas prestadoras de serviços esportivos e franquias, que atendem à demanda criada por hotéis, clubes e condomínios e geram empregos. Com a regulamentação, a demanda por profissionais bem-qualificados deve aumentar, já que profissionais formados que atuam na área esportiva são relativamente poucos. Além de escolas e academias, empresas também demandam esses profissionais seja para atuar na área de marketing e promoção, seja para treinar suas equipes esportivas ou cuidar de eventos ligados aos esportes. Um outro segmento que também vem experimentando um crescimento acelerado é o do acompanhamento personalizado ou personal training. A atividade não é nova, mas foi redescoberta por artistas, personalidades e executivos, que por motivos diversos preferem trabalhar exclusivamente com um profissional a ter que freqüentar academias e clubes.



quarta-feira, 26 de maio de 2010

Carreira e Profissões: A Carreira de Jornalista

A Carreira de Jornalista




O jornalista é o profissional responsável por buscar, investigar e redigir as noticias e transmiti-la, através dos meios de comunicação (jornais, revistas, internet, televisão) a população. O Jornalista trabalha em todo o processo de produção das noticias: investigação, apuração, organização, resumo e redação.
Na carreira de Jornalismo dependendo do perfil do profissional, ele pode se especializar em diferentes áreas de atuação e atuar como: repórter, redator, assessor de imprensa, repórter investigativo, editor, pauteiro (pesquisa assunto para as reportagens), chefe de reportagem, redator chefe e âncora (apresentador de telejornal).


Regulametação da Carreira do Jornalismo
Para pode exercer a profissão de jornalista o profissional tem que ter cursado algum curso de Jornalismo ou Comunicação Social com enfase em Jornalismo, o registro é feito no Ministério do Trabalho. Alguns profissionais no entanto, tais como cinegrafistas, diagramadores e operadores de audio que auxiliam na imprensa também podem tirar o registro de Jornalista.


Grade Básica do Curso de Jornalismo:




* Língua Portuguesa
* História Geral
* Filosofia
* Fotojornalismo
* Teoria da Comunicação
* História do Jornalismo
* Informática Básica
* Planejamento Gráfico
* Economia Básica
* Técnicas de Codificação



 Aspectos Favoráveis
A área de atuação do jornalismo que mais cresce com certeza é a internet. Há boas oportunidades de trabalho nas versões virtuais dos grandes jornais impressos, em blogs que hoje se proliferam aos milhares e em sites de noticias independentes. Há uma grande procura também por bons reporteres e reporteres investigativos, principalmente nas pequenas e médias emissoras de TV regionais.


 Aspectos Desfavoráveis
A competição por empregos de jornalistas nas áreas tradicionais ( telejornalismo e jornal impresso ) está muito grande, por isso a adaptação as novas mídias tais como a internet é imprecindível, quem não tem capacidade de adaptação fica para traz.


terça-feira, 25 de maio de 2010

Carreira e Profissões: A Carreira Militar

A Carreira Militar


O processo de ascensão funcional na carreira militar difere das práticas existentes nas demais instituições.
Os postos e as graduações dos militares são indispensáveis, não só na guerra, mas também em tempo de paz, pois traduzem, dentro de uma faixa etária específica, responsabilidades e a habilitação necessária para o exercício dos cargos e das atribuições que lhes são correspondentes.

O militar exerce, ao longo de sua carreira, cargos e funções em graus de complexidade crescente, o que faz da liderança fator imprescindível à instituição. Esses aspectos determinam a existência de um fluxo de carreira planejado, obediente a critérios definidos, que incluem a higidez, a capacitação profissional e os limites de idade, tudo isto influindo nas promoções aos postos e graduações subsequentes. Sem esse fluxo, a renovação permanente, possibilitada pela rotatividade nos cargos, ficaria extremamente prejudicada e a operacionalidade atingida.
Essas promoções são realizadas segundo um planejamento a longo prazo, necessário para definir, com exatidão, as vagas existentes em cada posto ou graduação e administrar o fluxo de carreira nos diferentes quadros de oficiais e de graduados.
A exemplo do que ocorre em todo o mundo, não é só uma temeridade, como também uma irresponsabilidade, com relação à operacionalidade da Força, exigir exercício pleno das atividades militares de Oficiais e Praças em idade avançada.

Características da Profissão Militar

1. Risco de vida
Durante toda a sua carreira, o militar convive com risco. Seja nos treinamentos, na sua vida diária ou na guerra, a possibilidade iminente de um dano físico ou da morte é um fato permanente de sua profissão.
O exercício da atividade militar, por natureza, exige o comprometimento da própria vida.
 
2. Sujeição a preceitos rígidos de disciplina e hierarquia
Ao ingressar nas Forças Armadas, o militar tem de obedecer a severas normas disciplinares e a estritos princípios hierárquicos, que condicionam toda a sua vida pessoal e profissional.

3. Dedicação exclusiva
O militar não pode exercer qualquer outra atividade profissional, o que o torna dependente de seus vencimentos, historicamente reduzidos, e dificulta o seu ingresso no mercado de trabalho, quando na inatividade.

4. Disponibilidade permanente
O militar se mantém disponível para o serviço ao longo das 24 horas do dia, sem direito a reivindicar qualquer remuneração extra, compensação de qualquer ordem ou cômputo de serviço especial.

5. Mobilidade geográfica
O militar pode ser movimentado em qualquer época do ano, para qualquer região do país, indo residir, em alguns casos, em locais inóspitos e destituídos de infraestrutura de apoio à família.

6. Vigor físico
As atribuições que o militar desempenha, não só por ocasião de eventuais conflitos, para os quais deve estar sempre preparado, mas, também, no tempo de paz, exigem-lhe elevado nível de saúde física e mental.
O militar é submetido, durante toda a sua carreira, a periódicos exames médicos e testes de aptidão física, que condicionam a sua permanência no serviço ativo.

7. Formação específica e aperfeiçoamento constante
O exercício da profissão militar exige uma rigorosa e diferenciada formação. Ao longo de sua vida profissional, o militar de carreira passa por um sistema de educação continuada, que lhe permite adquirir as capacitações específicas dos diversos níveis de exercício da profissão militar e realiza reciclagens periódicas para fins de atualização e manutenção dos padrões de desempenho.

8. Proibição de participar de atividades políticas
O militar da ativa é proibido de filiar-se a partidos e de participar de atividades políticas, especialmente as de cunho político-partidário.

9. Proibição de sindicalizar-se e de participação em greves ou em qualquer movimento reivindicatório
O impedimento de sindicalização advém da rígida hierarquia e disciplina, por ser inaceitável que o militar possa contrapor-se à instituição a que pertence, devendo-lhe fidelidade irrestrita. A proibição de greve decorre do papel do militar na defesa do país, interna e externa, tarefa prioritária e essencial do Estado.

10. Restrições a direitos trabalhistas
O militar não usufrui alguns direitos trabalhistas, de caráter universal, que são assegurados aos trabalhadores, dentre os quais incluem-se:
- remuneração do trabalho noturno superior à do trabalho diurno;
- jornada de trabalho diário limitada a oito horas;
- obrigatoriedade de repouso semanal remunerado; e
- remuneração de serviço extraordinário, devido a trabalho diário superior a oito horas diárias.

11. Vínculo com a profissão
Mesmo quando na inatividade, o militar permanece vinculado à sua profissão.
Os militares na inatividade, quando não reformados, constituem a "reserva" de 1ª linha das Forças Armadas, devendo se manter prontos para eventuais convocações e retorno ao serviço ativo, conforme prevê a lei, independente de estarem exercendo outra atividade, não podendo por tal motivo se eximir dessa convocação.

 Conseqüências para a família

As exigências da profissão não ficam restritas à pessoa do militar, mas afetam, também, a vida familiar, a tal ponto que a condição do militar e a condição da sua família se tornam estreitamente ligadas:
- a formação do patrimônio familiar é extremamente dificultada;
- a educação dos filhos é prejudicada;
- o exercício de atividades remuneradas por cônjuge do militar fica, praticamente, impedido; e
- o núcleo familiar, não estabelece relações duradouras e permanentes na cidade em que reside, porque ali, normalmente, passará apenas três anos.


 A Formação Militar

O ingresso na carreira militar ocorre mediante concurso público, do qual participam milhares de jovens.

As escolas de formação militar organizam suas atividades de modo muito exigente: formaturas, aulas, reuniões, manobras, exercícios físicos e inspeções. Uma programação que começa, diariamente, às 06:00 hs da manhã com a "alvorada" e termina às 22:00 hs com o "toque de silêncio". A maior parte delas funciona em regime de internato.
Não se trata, apenas, de uma situação acadêmica, em que, terminada a aula, ou mesmo antes, o aluno retira-se para sua casa ou para onde lhe aprouver. Durante todo dia, estão presentes os encargos e deveres, as condições de disciplina e a exposição aos riscos do treinamento militar, em qualquer nível.
Os alunos de uma escola militar são submetidos a rigorosos testes de avaliação, que abrangem os campos intelectual, psicológico, físico, moral, disciplinar e de aptidão específica para a carreira militar.

Os valores e as atitudes próprios do militar e a necessária capacitação profissional serão desenvolvidos por meio do serviço diário, da orientação constante, de um cuidadoso e realístico programa de ensino e de instrução, que abrange aulas, conferências, exercícios práticos e manobras, em que o risco estará sempre presente, como em qualquer atividade militar.

Os objetivos dos sistemas educacionais das Forças Armadas se referem:
- à formação e ao aperfeiçoamento do combatente;
- à formação do chefe militar, para os diferentes níveis hierárquicos da carreira;
-à especialização de técnicos (nas três Forças Armadas) em áreas como: planejamento; engenharia nuclear; informática; medicina; hidrografia e inúmeras outras.


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Carreira e Profissões: Direito

Direito

O bacharel em Direito harmoniza as relações entre indivíduos e organizações recorrendo à Constituição e às leis do país. Ele atua como árbitro em disputas nas áreas civil, comercial, penal, previdenciária, trabalhista e tributária. 
Pode optar por duas carreiras:
A advocacia, na qual atua como prestador de serviços, e a jurídica, trabalhando em órgãos públicos.

Áreas de atuação

Como advogado, esse profissional atua em uma gama de setores. Os mais conhecidos são civil, comercial, penal, previdenciário, trabalhista e tributário. Outros menos conhecidos como o direito internacional, de propriedade intelectual e digital também oferecem campo de trabalho para o advogado. Na área jurídica, ele pode atuar como delegado de polícia, procurador, juiz e promotor, sendo necessário prestar concurso público.

Mercado de trabalho

O número de bacharéis no mercado é grande e muitos se formam a cada ano, mas existem nichos a ser explorados. Os especialistas em direito comercial e tributário são muito requisitados. Têm aumentado a procura por especialistas em direito digital e internacional, devido ao crescimento das operações na internet e das exportações brasileiras. O bacharel especializado em processo civil tem muitas oportunidades porque esse conhecimento é útil em várias frentes de atuação. O setor público oferece bons salários, e a iniciativa privada contrata principalmente no Sul e no Sudeste.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Carreira e Profissões: A Mulher no Mercado de Trabalho

A Mulher no Mercado de Trabalho

 
Nas últimas décadas, as mulheres invadiram o mercado de trabalho. No Brasil, a participação feminina aumentou expressivamente: em 1999 representavam 41,4% da PEA contra 31,7% em 1979.  Esse ingresso veio associado a transformações nas relações familiares e conjugais (como exemplo, o número de famílias chefiadas por mulheres encontra-se em constante crescimento – em 1989 representavam 20,1%, em 1999 chegou a 26%). Esses avanços, no entanto, encobrem obstáculos importantes a serem superados no século XXI.

O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas  elaborou dois índices para mensurar o avanço feminino na sociedade e no espaço de trabalho: o índice de desenvolvimento relacionado ao gênero (GDI)’ e o ‘índice de poder (empowerment - EM) de gênero.  No primeiro índice, o Brasil ocupa a 66ª posição, bem atrás da Argentina , Uruguai  e México e até de países islâmicos como a Malásia  e a Líbia . No índice EM, o Brasil não se posiciona melhor (dados de 1998).
Em outras palavras, as mulheres representam mais de 40% da força de trabalho no país. Porém, esta inserção ainda é preponderante nas ocupações e ofícios que guardam correlação direta com as funções que elas desempenham no espaço doméstico, tendo menor status social e demandando menor qualificação formal; conseqüentemente auferindo menor renda .

E, apesar de estudarem por um período mais longo, obtendo no setor industrial, por exemplo, um ano a mais de escolaridade do que os homens, o diferencial de remuneração persiste elevado: em São Paulo, por exemplo, as mulheres recebem, por hora, 76% do rendimento obtido pelos homens e o desemprego feminino fica sempre acima do masculino. E quanto maior a escolaridade, maior a diferença salarial entre homens e mulheres na mesma ocupação. Esse padrão se repete em muitos países.  Mas, para mulheres brancas, esta diferença em relação aos homens está caindo. Projeções indicam que daqui a 30 anos não haverá mais discriminação salarial contra elas.
As barreiras, visíveis e invisíveis, que mantêm as mulheres fora dos cargos mais qualificados e mais bem remunerados são inúmeras: a feminização de determinadas profissões e sua subseqüente desvalorização, resistências sociais, a maternidade e a desigualdade na divisão das tarefas domésticas, a falta de massa crítica de mulheres nas organizações, etc.

Mas as mulheres reivindicam, cada vez mais, os seus direitos e conforme apontado em pesquisa da Harvard Business Review as empresas estão mudando as suas estratégias de forma a recrutar e reter mulheres qualificadas.
Algumas das mudanças implementadas:

- diálogo extenso sobre as mudanças necessárias na cultura organizacional (workshops e reuniões dirigidas);

- implementação de políticas para equiparar salários e oportunidades;

- designação de responsáveis pela implementação de mudanças;

- avaliação (quantitativamente e qualitativamente) de progressos em áreas específicas.

Como ocorre na grande maioria dos processos de mudança organizacional, a liderança e as iniciativas específicas partem da alta hierarquia da empresa e são depois difundidas por todo o corpo empresarial. A briga que as mulheres precisarão enfrentar para conseguir uma maior igualdade envolve poder. E será travada cada vez mais em todas as esferas: políticas, dentro de casa e na empresa.

As principais tendências associadas ao avanço das mulheres no mercado de trabalho são:
- penetração maior de mulheres em ocupações antes restritas aos homens (na indústria, por exemplo, as mulheres avançam em profissões como soldadores e operadores de máquinas);

- maternidade adiada e menor número de filhos;

- aumento do padrão de consumo familiar e do investimento em educação;

- crescente reivindicação por igualdade cívica e política.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Carreira e Profissões: Artes Cênicas

                             ARTES CÊNICAS

Utiliza conhecimentos e técnicas para a criação, condução e interpretação de espetáculos teatrais. Entretenimento e diversão fazem parte da missão destes profissionais que trabalham para transmitir idéias e emoções ao público, divulgando a cultura e fazendo críticas sociais.



Área de trabalho

Criação do espaço cênico, incluindo pesquisa e uso de materiais e técnicas de iluminação no teatro; determinação de todos os elementos do cenário, como objetos, móveis, cores, fundos e adereços; definição e utilização do palco para movimentação dos atores. O profissional deve estar preparado para atender às necessidades apresentadas pelo diretor e ter criatividade para executar suas idéias com orçamentos geralmente pequenos. O cenógrafo lida também com vitrines, estandes em exposições e shows, podendo também fazer adereços para escolas de samba.

Direção Teatral – Definição e coordenação de todos os elementos envolvidos na montagem de um espetáculo: escolha de texto, elenco, orientação dos atores durante os ensaios, acompanhamento da cenografia, iluminação, figurinos, sonoplastia e seleção de trilha sonora.

Dramaturgia – Redação de peças teatrais ou adaptação de textos literários, cinematográficos ou documentais para o teatro, cinema e televisão. Além de peças, pode também escrever novelas, seriados e radionovelas, devendo conhecer as linguagens e as possibilidades de cada veículo.

Ensino – Lecionar para escolas de primeiro e segundo graus, em bibliotecas, centros culturais, museus e associações de bairro.

Interpretação Teatral – Utilizar técnicas de representação para caracterizar um personagem, através de exercícios vocais e corporais. As principais ferramentas do ator são o corpo e a voz, o que exige treino constante. É uma carreira que demanda talento, disciplina e técnica.

Teoria do Teatro – Pesquisa, estudo e preparação de livros didáticos sobre artes cênicas. O profissional pode também trabalhar como crítico em jornais, revistas, rádios e televisão.



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Carreira e Profissões: Profissões do futuro aliam tecnologia e meio ambiente

Da Redação
Já a aluna Ana Carolina H. Galereni, 8 anos, que quer ser bióloga, poderá ter um futuro brilhante como gerente de eco-relações, desenvolvendo programas de sustentabilidade ambiental para empresas, consumidores, ONGs ou governos.

“Novas oportunidades estão surgindo, é aí que aparecerão com força esses novos profissionais”, avalia o professor do Profuturo, Daniel Estima de Carvalho, um dos coordenadores da pesquisa.

O emprego no futuro também dará maior ênfase à capacidade produtiva e intelectual das pessoas, ampliando a longevidade profissional e exigindo, em contrapartida, um período de formação permanente. Essa tarefa ficará a cargo dos coordenadores de desenvolvimento da força de trabalho e educação continuada, que também terão o desafio de criar soluções em educação para outras faixas etárias.

A superintendente pedagógica de educação infantil do colégio Medianeira, em Curitiba, explica que não existem disciplinas específicas voltadas à preparação de jovens e crianças para essas profissões do futuro. “Mas tentamos trabalhar de forma interdisciplinar com conceitos, como a consciência que envolve a relação do indivíduo com o meio ambiente, a inserção do uso de novas tecnologias no trabalho pedagógico, ou mesmo com o debate sobre biotecnologia e bioética com os alunos do ensino médio”, explica.

Segundo a pesquisa, no mercado de trabalho do futuro a busca pela inovação será um fator decisivo para a competitividade das empresas. Assim, a ênfase no desenvolvimento tecnológico, na educação continuada e na busca por novos conhecimentos vai criar nichos promissores, exigindo profissionais capacitados para transformar novidades em negócios e aplicações rentáveis.

O conceito de sustentabilidade também ganhará força, justificando a atuação de profissionais nas áreas ambientais em busca de soluções de baixo impacto durante toda a cadeia produtiva, incluindo a redução da poluição resultante do descarte final dos produtos.

Há vagas para piloto de astronave

Se a projeção sobre como será o mercado de trabalho daqui a uma década impressiona, o rol de profissões que devem existir no ano de 2030 parece ter saído do desenho animado Os Jetsons ou de algum filme de ficção científica. Segundo estudo da consultoria inglesa Fast Future, feito a pedido do governo britânico, em duas décadas o desenvolvimento da ciência e da tecnologia deve criar novas categorias profissionais como a de pilotos de naves espaciais de turismo, criador de membros humanos, ou advogado virtual.

“Será um tempo em que computadores e robôs devem transformar os campos da medicina e agricultura”, diz o relatório. A produção de alimentos, aliás, deve gerar empregos tanto para os “fazendeiros verticais”, que vão plantar e produzir alimentos em grandes torres nos centros das metrópoles, quanto para os “agricultores recombinantes”, especialistas na produção de organismos geneticamente modificados.

Com os avanços na medicina, será possível inventar e produzir novos membros orgânicos, sintéticos ou mistos – com auxílio da robótica e da nanotecnologia –, estabelecendo novos limites para o corpo humano. Essa tecnologia também poderá ser usada por equipes esportivas e com fins militares.

Com o direito internacional se sobrepondo cada vez mais ao direito nacional, advogados serão necessários para lidar com casos que envolvem pessoas que vivem em vários países com legislações diferentes. Tudo isso no mundo on-line.

Além disso, em 2030, as viagens espaciais também já serão uma realidade, expandindo as fronteiras do turismo. Isso vai exigir a formação de pilotos, guias turísticos e engenheiros. O sonho de ser astronauta, portanto, será perfeitamente factível.

Carreira e Profissões: Carreira na Área Tecnólogica

Tecnólogia

Se você é adolescente e ainda está pensando em qual carreira profissional seguir; ou, então, se você já tem alguma experiência ou formação anterior e quer dar uma virada profissional através dos estudos, já deve ter feito a si mesmo a seguinte pergunta: qual curso ou faculdade fazer? Bem, quando se tenta encontrar a resposta, a maior parte das pessoas acaba vislumbrando apenas uma única modalidade de ensino: o bacharelado. A ordem natural do caminho rumo à formação educacional e profissional de muitos - depois da educação básica (que inclui a educação infantil, o ensino fundamental e médio) - geralmente culmina no ensino superior e, eventualmente, prossegue em uma pós-graduação. Mas além do bacharelado, existe outra modalidade de ensino superior que também pode ser bastante interessante e recompensadora. Muitos desconhecem que podem optar por um curso superior de tecnologia, apesar de existirem cursos de excelente qualidade no Brasil, de haver grande demanda por vagas com este perfil de formação e até salários vantajosos.

A formação profissional também pode acontecer durante o próprio ensino médio, através dos cursos técnicos. E para aqueles que querem partir para uma preparação profissionalizante um pouco mais cedo, a recompensa pode ser a própria atuação na área escolhida, incluindo-se a facilidade de se colocar no mercado de trabalho. É claro que sendo uma formação de ensino médio, não há nenhum impedimento para que o técnico prossiga em um curso superior da sua área ou mesmo de outra de seu interesse.



Apesar de terem um campo bem promissor atualmente, ainda reside certo preconceito sobre as carreiras técnicas e tecnológicas; como se fossem carreiras "menores". Neste especial, veremos as características de cada modalidade, as origens desse preconceito e por que não se deve pensar mais dessa forma.


As modalidades de ensino no Brasil

Graduação, bacharelado, ensino superior, curso superior de tecnologia, ensino técnico... Tantos nomes e modalidades! Mas o que eles significam e quais são as suas diferenças?

GRADUAÇÃO - é a primeira etapa do ensino superior, que pode prosseguir com a pós-graduação stricto sensu (mestrado e/ou doutorado) ou lato sensu (especialização). Se alguém está fazendo um curso em uma faculdade ou universidade, então ele é um graduando. Geralmente, imagina-se que uma universidade só se dedique a formar profissionais de nível superior. Mas de forma geral, uma universidade (principalmente uma pública) precisa produzir pesquisa (para o avanço do conhecimento científico e tecnológico) e oferecer extensão (auxílio à comunidade externa à ela e melhorias para sociedade em geral). Bacharelado, licenciatura e graduação tecnológica são modalidades de graduação e após a sua conclusão, o indivíduo pode prosseguir com a pós-graduação.

BACHARELADO
- o curso de graduação tem duração de 4 a 5 anos em média, e confere ao aluno o título de bacharel. A formação é voltada para o mercado do trabalho e visa tornar o aluno apto a atuar em uma área.

LICENCIATURA
- é o curso de formação de professores em determinada área. Tem duração média de 3 a 4,5 anos e dá ao aluno o título de licenciado.

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA (GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA) - oferece formação profissional voltada para uma área bastante específica, desenvolvendo determinadas habilidades e competências para rápida inserção no mercado de trabalho. Quem obtém essa formação é chamado de tecnólogo. Os cursos duram, em média, de 2 a 3 anos. A diferença básica em relação ao bacharelado é o seu caráter mais compacto e prático, sendo que aquele acaba sendo mais generalista. E quando se fala em cursos tecnólogos, não significa que abrangem somente cursos voltados para a área de tecnologia. Existem cursos, por exemplo, na área de gestão e negócios e área cultural (produção audiovisual, design, etc.).

ENSINO TÉCNICO (ENSINO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO) - tem o propósito de capacitar os alunos, proporcionando conhecimentos teóricos e práticos das diversas atividades do setor produtivo. É uma modalidade do ensino médio. Quem se forma no ensino técnico recebe o título de técnico.


Sobram vagas para técnicos e tecnólogos

Por ano, no Brasil, formam-se cerca de 9 milhões de pessoas no ensino médio, tendo a maioria passado pela modalidade tradicional. Embora tenha havido um crescimento nos últimos anos na procura por cursos técnicos, as estatísticas ainda estão bem aquém em relação a outros países. Enquanto a média brasileira de matrículas no ensino técnico tem sido de 7% (no Estado de São Paulo chega-se a 12%), em países desenvolvidos este número consegue ultrapassar os 30% (37% na França, 38% na Espanha e 33% no Reino Unido).

Em relação aos cursos tecnológicos, a disparidade também se repete. Em uma pesquisa realizada pela Unicamp, entre 1995 e 2004, viu-se que do total de alunos graduados no Chile, 23% eram tecnólogos; na Coreia do Sul o número subia para 37% e, no Brasil, somente 2% representavam os tecnólogos. Os anos mais recentes também mostram que o número de cursos tecnológicos oferecidos no Brasil aumentou (apenas no período de 2007 a 2008, o crescimento foi de 17,9%), assim como o número de ingressos. Mas ainda não se compara, nem de longe, à procura aos cursos de bacharelado. No Censo da Educação Superior de 2008, realizado pelo Ministério da Educação através do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), verificou-se que o número de matrículas, em 2008, nos cursos de graduação tecnológica foi da ordem de 8%, ao passo que o bacharelado teve quase 70% do total de matrículas nos cursos de graduação presencial no Brasil. O restante dos números ficou com as modalidades de licenciatura e bacharelado com licenciatura.

Acesse o resumo do Censo da Educação Superior 2008 para mais informações.

O fato é que se tanta gente procura pelos cursos de bacharelado (estimulados também pela crescente oferta de cursos nos últimos anos e pelos programas governamentais de bolsas que facilitam o ingresso nas instituições particulares), o mercado acaba por ficar saturado em certas áreas - sobretudo as consagradas - e a dificuldade em se empregar imediatamente também aumenta. Ao passo que o mercado mostra sinais de que não consegue absorver tantos bacharéis, as vagas para técnicos e tecnólogos (principalmente estes) estão à espera de pessoas qualificadas. As confederações do comércio e da indústria, por exemplo, estimam que o mercado brasileiro ainda carece de cerca de 200 mil profissionais de nível técnico. Em todas as etapas dos processos produtivos, a presença de técnicos e tecnólogos é muito importante. O que seria dos engenheiros e dos médicos sem os técnicos de suas áreas?

A formação específica, e por vezes inovadora dos cursos tecnológicos, tem atendido a áreas que nem existiam há algum tempo, como é o caso da agroecologia. Atualmente, há uma grande expectativa de um futuro promissor para os tecnólogos em petróleo e gás, por conta da descoberta das reservas da camada pré-sal em águas brasileiras. De forma geral, os tecnólogos não têm encontrado dificuldade de ingressar no mercado de trabalho.

O mesmo panorama tem se mostrado para os técnicos. Em uma pesquisa feita pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), vinculada ao MEC, com alunos formados pelos cursos técnicos da rede federal, entre 2003 e 2007, constatou-se que 72% dos ex-alunos estão ativos no mercado (65% dentro da área em que estudaram). Além disso, de cada 10 alunos, 6 têm salário na média da categoria. No Estado de São Paulo também houve avaliação semelhante. Segundo o Centro Paula Souza (autarquia do Governo do Estado de São Paulo, à qual as Faculdades de Tecnologia - FATECs e Escolas Técnicas - ETECs são subordinadas), 85,8% dos formados pelas escolas técnicas dessa instituição estão formalmente trabalhando em suas áreas.


À sombra do preconceito

Se as pessoas que optam pela carreira técnica ou tecnológica conseguem facilmente emprego e podem perfeitamente continuar seus estudos no ensino superior (graduação e pós-graduação), prestar concursos, entre outras coisas, por que a procura é tão menor em relação aos cursos de bacharelado? É claro que um técnico, com formação de nível médio, terá um salário menor que um egresso do ensino superior, mas pode-se entender que fazer um curso técnico é um investimento a longo prazo que pode frutificar numa carreira mais promissora, pois o conhecimento técnico e a experiência profissional antecipada representam uma vantagem competitiva.

Infelizmente, não são somente o desconhecimento das vantagens de mercado ou um suposto salário inferior que distanciam a maior parte da população dos cursos técnicos ou tecnológicos, mas também o preconceito. Para muitos, o diploma de um curso de bacharelado tem um status superior. Parece estranho, mas há quem acredite que um curso universitário mediano ou ruim ainda é preferível ao melhor curso técnico. Esse preconceito não é de hoje e vem de um ranço da nossa história, quando as famílias ricas e aristocratas mandavam os filhos para a universidade, de preferência na Europa, geralmente para fazer Medicina ou Direito. "Pegar no pesado", fazer um trabalho braçal e aprender um ofício prático não eram coisas para gente refinada, a quem estava reservada uma educação mais humanista teórica.

O início da educação profissional no Brasil deu-se em 1909, quando o presidente Nilo Peçanha criou as Escolas de Aprendizes Artífices, através de decreto, por razões que ficam claras logo no começo do texto:

    "Considerando: que o aumento constante da população das cidades exige que se facilite às classes proletárias os meios de vencer as dificuldades sempre crescentes da luta pela existência: que para isso se torna necessário, não só habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com o indispensável preparo técnico e intelectual, como fazê-los adquirir hábitos de trabalho profícuo, que os afastará da ociosidade ignorante, escola do vício e do crime; que é um dos primeiros deveres do Governo da República formar cidadões uteis à Nação".

No site do MEC você tem acesso ao texto integral (inclusive com a ortografia da época) do Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909 que cria as primeiras escolas voltadas para o ensino profissional primário e gratuito.

No restante do mundo, o ensino técnico e profissional havia surgido no século 19, no auge da segunda revolução industrial, a partir da necessidade de formar mão-de-obra para as fábricas e para toda a cadeia produtiva da indústria que nascia. Apesar de, mesmo em 1909, não haver indústria formada no Brasil, o ensino técnico foi fundado com intenções quase filantrópicas, oferecendo uma possibilidade de melhoria de vida para os jovens das camadas sociais pobres e visando evitar situações de risco (vícios e crimes). Foi com a Reforma Capanema (1931-1932) que realmente apareceu uma proposta efetiva para a formação de mão-de-obra qualificada para a produção. Com as leis orgânicas do ensino, eram criadas as escolas técnicas e a divisão do nível secundário de ensino em dois ciclos. O acesso ao ensino superior, para os concluintes dos cursos técnicos, no entanto, somente seria regulamentado pela Lei nº 1.821, de 12 de março de 1953 (“Lei de Equivalência”), regulamentada, por sua vez, pelo Decreto nº 34.330, de 21 de outubro de 1953.

Os cursos tecnólogos tiveram a sua semente na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1961, que preconizava a organização de escolas ou cursos experimentais com currículo, método e avaliação mais flexíveis. Na rabeira da legislação, surgiram cursos inicialmente na área da engenharia, que buscavam a formação de um conhecimento mais prático. Em 1969, era criado em São Paulo o Centro Estadual de Educação Tecnológica de São Paulo (que mais tarde passou a se chamar Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza), onde foram instalados cursos para a formação de tecnólogos.

Ao conhecermos a história da educação brasileira, percebemos a razão do preconceito em relação aos cursos profissionalizantes e da ideia superficial de que somente um bacharelado é um passaporte para outro status social. Ironicamente, com a grande oferta de cursos superiores hoje em dia, tem-se a impressão de que o discurso para chamar a atenção dos candidatos a alunos está voltado para a entrada mais facilitada no mercado de trabalho. Muitos cursos de bacharelado se "travestem" de cursos tecnólogos, pois são mais curtos e pretensamente mais práticos. Porém, eles são apenas bacharelados mais curtos, e continuam tendo características mais generalistas (apenas cortando algumas disciplinas).


Ficou interessado? Saiba como fazer uma escolha certa

Na hora de escolher o curso ideal, pesquise bastante. E isso não se refere somente ao valor da mensalidade, mas principalmente à grade curricular e ao reconhecimento deste curso. Verifique se o curso realmente atende às suas necessidades e se ele tem boa avaliação por parte do MEC.

O prestígio da instituição onde você pretende estudar não é garantia de emprego, mas se os professores estiverem bem qualificados e se o ensino for de qualidade, maiores serão as chances de encontrar boas oportunidades de trabalho. A boa notícia é que no Brasil existem excelentes escolas e faculdades públicas de educação técnica e profissionalizante. No âmbito federal existem os Centros de Educação Tecnológica (CEFETs) e no Estado e São Paulo as FATECs e as ETECs, mantidas pelo Centro Paula Souza.

Confira algumas dicas que poderão ajudá-lo a certificar-se de sua escolha:

* Verifique se a instituição está cadastrada no MEC;
* Se for uma faculdade, o curso deverá ter sido autorizado pelo MEC. Já um centro universitário ou universidade têm autonomia para a implantação de curso;
* Visitar a página eletrônica da instituição é um bom começo para buscar e conferir informações;
* Desconfie da instituição quando a propaganda for baseada na curta duração do curso;
* Visite a escola, especialmente o local em que seu curso será oferecido, conferindo a qualidade da biblioteca, laboratórios, salas de aula e demais espaços. As instituições de maior destaque promovem visitas orientadas, com palestras e exposição sobre escolha de carreiras;
* Converse com alunos do curso em que está interessado.